Por um clima positivo

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Projeções do PMO Incorporam Carga da Micro e Minigeração Distribuída

O boletim do Programa Mensal de Operação (PMO) passa a considerar a geração da Micro e Minigeração Distribuída (MMGD) nas análises de carga. A MMGD, que inclui a geração de energia solar fotovoltaica em residências e edifícios, faz parte do conceito de geração distribuída e está conectada à rede de distribuição local, não sendo supervisionada peloOperador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). Devido à expansão significativa desse tipo de carga em todo o país, é crucial que o Operador leve em conta esse fator para uma coordenação mais precisa das atividades e garantir o atendimento das demandas do Sistema Interligado Nacional (SIN), especialmente nos momentos em que a geração pela MMGD é reduzida, como em dias nublados e durante a noite.

Para o mês de maio, está projetado um bloco de MMGD de 2.917 MWmed. Essa projeção para maio indica um crescimento de 4,4% (72.626 MWmed) na demanda de carga no SIN. Esse crescimento também é estimado para todos os subsistemas:

  • A região Norte apresenta uma perspectiva de avanço mais expressivo, com 13,6% (7.001 MWmed);
  • O Nordeste com 4,6% (12.012 MWmed);
  • O Sudeste/Centro-Oeste pode alcançar uma aceleração de 3,4% (41.330 MWmed);
  • O subsistema Sul, 2,5% (12.283 MWmed).

 

De acordo com as previsões, a afluência de energia para o dia 31 de maio mostra um panorama positivo. A Energia Natural Afluente (ENA) é esperada em níveis acima da Média de Longo Termo (MLT) em algumas regiões do Brasil. No Sudeste/Centro-Oeste, a ENA é projetada em 104% da MLT, enquanto no Norte é estimada em 120% da MLT. Já no Nordeste, a perspectiva é de uma ENA equivalente a 52% da MLT. Por fim, no subsistema Sul, espera-se que a ENA alcance 83% da MLT até o final de maio. Essas previsões são relevantes para a gestão e planejamento do sistema elétrico, ajudando a monitorar os recursos hídricos disponíveis para a geração de energia.

Esses dados são projeções para 31 de maio, comparadas com maio de 2022. O Custo Marginal de Operação (CMO) continua zerado em todos os subsistemas por 19 semanas consecutivas. Pelo décimo nono período consecutivo, o CMO permanece zerado em todos os subsistemas. Essa tendência teve início no final de dezembro de 2022. As projeções indicam que a demanda de carga no Sistema Interligado Nacional apresentará um crescimento estimado de 4,4% para o mês de maio. Esse aumento é previsto em comparação com o mesmo período do ano anterior, refletindo uma tendência de expansão em todos os subsistemas.

 

A Variação do Modelo de Precificação da Energia no Mercado

 

O modelo de precificação da energia no mercado pode variar de acordo com o tipo de mercado energético e as políticas adotadas em cada país. No entanto, geralmente, existem alguns elementos-chave que influenciam a precificação da energia:

  • Oferta e demanda: A relação entre a oferta e a demanda de energia desempenha um papel crucial na determinação do preço. Quando a demanda é maior do que a oferta, os preços tendem a subir, e vice-versa.
  • Custos de produção: Os custos associados à produção de energia, como os custos dos combustíveis, operação e manutenção das usinas, influenciam a precificação. A variação desses custos pode afetar os preços da energia.
  • Regulação governamental: As políticas e regulamentações governamentais podem influenciar a precificação da energia. Por exemplo, subsídios, tarifas e impostos podem ser aplicados para incentivar certos tipos de energia ou promover a eficiência energética.
  • Mercado de curto prazo: Em alguns países, existe um mercado de curto prazo, também conhecido como mercado spot, onde a energia é negociada em tempo real. Nesse mercado, os preços podem flutuar de acordo com a oferta e demanda em um determinado momento.
  • Contratos de longo prazo: Também existem contratos de longo prazo entre produtores de energia e consumidores, onde os preços são acordados antecipadamente por um período específico. Esses contratos podem ser baseados em diferentes modelos de precificação, como tarifas fixas, indexadas a índices de preços ou contratos bilaterais.

 

É importante destacar que a precificação da energia é um processo complexo e depende de diversos fatores específicos de cada mercado energético. As políticas governamentais, a infraestrutura energética, a composição da matriz energética e outros aspectos locais também influenciam o modelo de precificação adotado.

No Brasil, em janeiro de 2023, completaram-se dois anos desde a implementação da precificação da energia no mercado de curto prazo com base horária, também conhecida como Preço de Liquidação das Diferenças (PLD) horário. Durante esse período, foram observadas diferenças significativas nos preços da energia em comparação com o modelo anterior, o PLD semanal. Tanto consumidores livres como geradores experimentaram variações de preço, tanto para mais como para menos, em suas transações energéticas. Essa mudança no modelo de precificação trouxe impactos notáveis ao setor e possibilitou a identificação de conclusões relevantes sobre o mercado energético.

O Preço de Liquidação das Diferenças (PLD) horário é um indicador utilizado no mercado de curto prazo de energia elétrica. Diferentemente do PLD semanal, que estabelecia um único preço para cada semana, o PLD horário considera as variações de preço ao longo do dia, permitindo uma precificação mais precisa e granular.

Esse modelo de precificação horária leva em conta fatores como oferta e demanda de energia, condições climáticas, disponibilidade de recursos e interligações entre regiões. A cada hora, é calculado um preço de referência para a energia elétrica, que é utilizado nas operações do mercado, como a compra e venda de energia entre os agentes.

A adoção do PLD horário tem como objetivo aumentar a eficiência do mercado de energia, refletindo de forma mais precisa as condições de oferta e demanda em cada período. Isso possibilita uma gestão mais eficiente da operação do sistema elétrico e incentiva a otimização do uso da energia, contribuindo para a redução de custos e a melhor utilização dos recursos disponíveis.

Com a implementação do PLD horário, os agentes do mercado, como consumidores livres e geradores, passaram a lidar com preços mais dinâmicos e podem se beneficiar ou enfrentar desafios em relação aos preços da energia elétrica, dependendo das condições específicas de cada hora do dia.

O PLD horário é uma ferramenta importante para a gestão do mercado de energia elétrica, proporcionando maior transparência e eficiência na precificação e no uso dos recursos energéticos disponíveis. O Preço de Liquidação das Diferenças (PLD) horário é calculado de forma similar ao Custo Marginal da Operação (CMO), que tem como objetivo determinar quais usinas serão ligadas ou desligadas, buscando equilibrar o custo de produção e a segurança do suprimento de energia no futuro.

O PLD passou a ser calculado, em 2021, para cada hora do dia seguinte por meio de um modelo computacional conhecido como Despacho Econômico de Sistema de Modelagem Energética (DESSEM). O DESSEM é uma ferramenta sofisticada que utiliza algoritmos e modelos matemáticos para simular e otimizar a operação do sistema elétrico, considerando as restrições técnicas e econômicas. O PLD horário é resultado desse processo de cálculo e considera uma série de variáveis que podem influenciar o preço da energia elétrica em cada hora do dia.

Nesse modelo, o Operador Nacional do Sistema (ONS) insere informações relevantes, como previsões climáticas, afluências de água, velocidade dos ventos, níveis de carga e reservatórios, entre outros dados. Com base nesses inputs, o sistema realiza os cálculos necessários para determinar o preço da energia para cada hora do dia seguinte.

Para o ano de 2023, foram estabelecidos os valores do Preço de Liquidação das Diferenças (PLD) Máximo Horário em R$ 1.391,56/MWh e do PLD Mínimo Horário em R$ 69,04/MWh. Esses valores servem como referência para a precificação da energia no mercado, levando em consideração as condições de oferta e demanda, cálculo feito pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).

Essa abordagem mais detalhada na precificação da energia contribui para uma gestão mais eficiente do sistema elétrico, levando em conta as condições reais e atualizadas, bem como os desafios e oportunidades decorrentes das variações de oferta e demanda ao longo do dia.

 

Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS): Garantindo a Segurança e Eficiência do Sistema Interligado Nacional

 

O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) desempenha um papel fundamental na garantia da segurança e eficiência do Sistema Interligado Nacional (SIN) de energia elétrica. Como instituição responsável pela coordenação da geração e transferências de energia, o ONS trabalha em estreita colaboração com os agentes do setor elétrico para manter um suprimento confiável de energia em todo o país.

Uma das principais responsabilidades do ONS é assegurar o equilíbrio entre a oferta e a demanda de energia elétrica. Por meio de análises e projeções constantes, o ONS monitora a operação do sistema e coordena a ativação e desativação de usinas geradoras para garantir que a demanda seja atendida de forma eficiente e segura.

Além disso, o ONS desempenha um papel crucial na operação do mercado de energia elétrica, facilitando a comercialização de energia entre os agentes do setor. Ele estabelece as regras e procedimentos para a realização de leilões, contratos de compra e venda de energia e outros mecanismos de negociação, promovendo a transparência e a concorrência no setor.

A segurança do sistema também é uma prioridade para o ONS. Através de um monitoramento constante, o ONS identifica e gerencia possíveis riscos e falhas no sistema elétrico, garantindo a estabilidade e confiabilidade do fornecimento de energia.

Além disso, o ONS desempenha um papel importante na integração de fontes de energia renovável no sistema elétrico, como a energia eólica e solar. Ele trabalha para garantir a operação eficiente e segura dessas fontes de energia, maximizando sua contribuição para a matriz energética do país.

Em resumo, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) é responsável por garantir a segurança, eficiência e confiabilidade do Sistema Interligado Nacional (SIN) de energia elétrica. Com sua atuação abrangente e contínua, o ONS desempenha um papel crucial no suprimento de energia para todo o país, contribuindo para o desenvolvimento sustentável do setor elétrico brasileiro.

Entre os projetos em andamento, destaca-se o Programa Mensal da Operação (PMO), que reúne agentes e representantes do setor para discutir estratégias de operação que maximizem a eficiência do SIN. Por meio do PMO, são estudados os diferentes períodos e níveis de carga, analisando dados e projeções para embasar tomadas de decisão. As reuniões, no Brasil, ocorrem mensalmente de forma virtual e são transmitidas para garantir o acesso a todas as análises e informações atualizadas sobre o funcionamento do sistema. Esses recursos servem como apoio para complementar registros históricos e planejar estratégias de atuação eficazes no setor elétrico.

 

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