As petroleiras estão cada vez mais investindo em tecnologias de recuperação avançada de petróleo para aumentar a produtividade e a recuperação de campos de petróleo, com o objetivo de atender às metas do Acordo de Paris e zerar as emissões de carbono até 2050.
A Equinor, por exemplo, se comprometeu em tornar-se NetZero até 2050 e está desenvolvendo uma estratégia para combinar a produção de petróleo e gás de forma eficiente em termos de redução de carbono. Já a Petrobras, que adotou programas de recuperação para prolongar a vida útil dos campos de petróleo na bacia de Campos, está colhendo resultados positivos com projetos aprovados para o campo de Roncador.
Com a proposta de aliança estratégica para produzir no campo de Roncador em 2018, a expectativa é aumentar a recuperação do campo em 1 bilhão de barris de óleo equivalente, com a participação da Equinor. Além disso, outras oportunidades devem surgir, como a sísmica 4D realizada no campo em 2022 e a previsão de aprovação de outras duas campanhas nos próximos anos, juntamente com um poço de aquisição de dados de reservatórios, especialmente nos carbonatos do Albiano e do Pré-sal.
Os incentivos para tecnologias de recuperação de petróleo vêm sendo oferecidos em diversos países. Nos Estados Unidos, os primeiros incentivos surgiram na década de 70, em decorrência das crises do petróleo. Na China, há uma redução de cerca de 30% nos tributos para produção de petróleo com uso dessas tecnologias. Já o Canadá oferece incentivos governamentais que variam de acordo com o estado, como redução de royalties e taxas sobre produção, além da destinação de créditos de royalties para projetos de injeção de CO2.
Na Noruega e no Reino Unido, há incentivos para investimentos em campos maduros, permitindo a dedução dos custos antes das taxas sobre as receitas. No Brasil, as melhores práticas da indústria do petróleo preconizam a maximização econômica do fator de recuperação (FR), conforme regulamentação brasileira, que estabelece a busca contínua por essa maximização.
A busca por aumentar a recuperação das jazidas antes do net-zero é uma tendência crescente entre as petroleiras, que buscam criar valor a longo prazo e contribuir para uma indústria de energia mais sustentável.
A recuperação das jazidas antes do net-zero se refere ao esforço das petroleiras em aumentar a produtividade e a recuperação de campos de petróleo, utilizando tecnologias avançadas, para atender às metas do Acordo de Paris e zerar as emissões de carbono até 2050. A ideia é maximizar a produção de petróleo e gás no curto e médio prazo, sem precisar realizar grandes investimentos que não poderão ser amortizados a tempo. Isso é uma tendência crescente entre as petroleiras, que buscam criar valor a longo prazo e contribuir para uma indústria de energia mais sustentável.
