O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) divulgou informações importantes sobre a situação energética no país, afirmando que a energia armazenada pode se manter acima de 80% em três subsistemas ao final do mês de julho. Essa notícia traz um alívio para o setor elétrico, que tem enfrentado desafios diante da escassez de chuvas em algumas regiões.
A Região Norte mantém o nível mais alto de Energia Armazenada (EAR), alcançando 95,1%, seguida pelo Sudeste/Centro-Oeste, com 82,9%. Já o Sul e o Nordeste têm a expectativa de atingir EAR de 80,6% e 79,2% até 31 de julho. Caso esses percentuais se confirmem para o Sudeste/Centro-Oeste e Norte, serão os maiores registrados na série histórica para ambas as regiões.
De acordo com o ONS, os subsistemas Sudeste/Centro-Oeste, Sul e Norte apresentam perspectivas favoráveis em relação aos níveis de armazenamento de água nos reservatórios das hidrelétricas. Esses subsistemas são de extrema importância para o fornecimento de energia no país e suas condições hidrológicas têm impacto direto na geração elétrica.
No subsistema Sudeste/Centro-Oeste, que concentra a maior capacidade de geração hidrelétrica do país, a previsão é que a energia armazenada se mantenha acima de 80% até o final de julho. Essa estimativa é resultado de estratégias de gestão dos reservatórios, adoção de medidas de economia de energia e maior diversificação da matriz energética.
O subsistema Sudeste/Centro-Oeste, que abriga 70% dos reservatórios do Sistema Interligado Nacional (SIN), tem uma perspectiva de alcançar uma Energia Natural Afluente (ENA) equivalente a 84% da Média de Longo Termo (MLT) até o final de julho, mantendo-se como a projeção mais alta entre todas as regiões. Já para os subsistemas Norte, Nordeste e Sul, as estimativas de ENA até o final de julho são de 79%, 56% e 52% da MLT, respectivamente.
No subsistema Sul, também é esperado que a energia armazenada fique acima de 80%, o que contribui para garantir o suprimento energético da região. O ONS destaca a importância da gestão integrada dos recursos hídricos e a colaboração entre os estados para a manutenção desse patamar.
No subsistema Norte, embora a situação seja um pouco mais desafiadora, a expectativa é que a energia armazenada se mantenha em torno de 83%. Esse resultado é resultado de medidas de gestão e do uso eficiente dos recursos hídricos, contribuindo para a estabilidade do sistema elétrico na região.
A manutenção desses níveis de armazenamento de energia é crucial para evitar problemas no abastecimento elétrico, especialmente em um cenário em que as condições hidrológicas não estão favoráveis devido à falta de chuvas. A diversificação da matriz energética, com a incorporação de fontes renováveis, como eólica e solar, também desempenha um papel fundamental na segurança energética do país.
O ONS reforça a importância da conscientização e do uso eficiente da energia por parte da população e das empresas. Medidas simples, como a redução do consumo em horários de pico e a adoção de práticas sustentáveis, podem contribuir para o equilíbrio do sistema elétrico e a preservação dos recursos naturais.
Embora a situação atual apresente perspectivas positivas, o ONS ressalta a importância da monitorização contínua e da adoção de medidas preventivas para garantir a estabilidade e a sustentabilidade do setor elétrico brasileiro. O acompanhamento das condições hidrológicas, a diversificação da matriz energética e a promoção do uso consciente da energia são pilares fundamentais para enfrentar os desafios futuros e construir um sistema energético robusto e sustentável.