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Limite de Emissões mais Rígido no Reino Unido: Energia, Indústria e Aviação

Autoridade do Sistema de Comércio de Emissões do Reino Unido (UK ETS) anuncia medidas abrangentes para impor limites mais rigorosos de emissões nos setores de energia, indústrias intensivas em energia e aviação a partir de 2024. Essas reformas visam incentivar a transição para fontes de energia mais limpas, reduzir a pegada de carbono e aumentar a segurança energética.

Desde 2021, o UK ETS tem implementado limites de emissões para os setores de aviação, energia e indústrias produtoras de energia. No entanto, a partir do próximo ano, esses setores serão obrigados a reduzir constantemente suas emissões, alinhando-se com as metas de emissão líquida zero. Isso ressalta a importância dos esforços de descarbonização a longo prazo.

A emissão do Reino Unido de CO2 gira em torno de 5,22 t. Isso incluindo também questões relativas ao uso de todas as fontes de energia, em especial, da indústria e da aviação. Um ponto importante sobre os impactos ao meio ambiente está no fato da questão da aviação ter sido problematizada na COP 26. Os resultados sobre aviação devem impactar sobre as emissões globais até 2050.

Os limites de emissões serão definidos no nível máximo proposto, fornecendo flexibilidade, por exemplo, às indústrias. Além disso, serão introduzidas licenças adicionais no mercado entre 2024 e 2027. As indústrias também serão protegidas de pressões internacionais, com a garantia de alocação gratuita de licenças até 2026, conforme anunciado pelo Departamento de Segurança Energética e Net Zero.

As reformas abrangem não apenas os setores de energia e indústrias intensivas em energia, mas também incluem a expansão dos limites de emissões para abranger o transporte marítimo doméstico e os setores de resíduos. Essa abordagem gradual permitirá que as indústrias se adaptem e invistam em estratégias de descarbonização de longo prazo, mantendo a flexibilidade.

Em uma declaração conjunta, os Ministros da Autoridade ETS do Reino Unido, incluindo Lord Callanan, Julie James MS, Màiri McAllan MSP e Gareth Davies MP, enfatizaram a importância dessas medidas no atual contexto de aumentos nos preços da energia. Eles destacaram que as decisões tomadas visam acelerar a transição para uma energia mais ecológica e segura, levando não apenas ao zero líquido, mas também apoiando indústrias cruciais em sua jornada em direção à sustentabilidade a longo prazo.

 

Dados sobre a produção de energia limpa no Reino Unido

 

A geração de energia renovável não hidrelétrica no Reino Unido tem sido impulsionada principalmente por fontes eólicas, solares e bioenergéticas. Essas fontes representaram cerca de 42% do mix total de geração de eletricidade em 2022, um aumento em relação aos 36% registrados em 2019. Essa tendência reflete o compromisso contínuo do país em aumentar a participação das energias renováveis em seu suprimento energético e reduzir as emissões de carbono.

Em janeiro de 2022, a empresa SSE anunciou detalhes do seu primeiro projeto solar, que fornecerá 30 MW de energia limpa. Esse projeto faz parte do ambicioso programa de investimento da SSE no valor de 12,5 bilhões de libras esterlinas, que visa impulsionar a transição para uma economia de energia líquida zero. A fazenda solar de 30 MW, chamada de Littleton Pastures, está localizada perto de Evesham, em Worcestershire.

Com uma área de 77 acres, espera-se que a fazenda solar esteja concluída até o final de 2023. Uma vez operacional, ela será capaz de fornecer energia suficiente para abastecer aproximadamente 9.400 residências. Esse projeto contribuirá para o aumento da capacidade solar do Reino Unido e fortalecerá ainda mais a posição do país como um líder na geração de energia renovável.

Em 2022, o Reino Unido e a Alemanha lideraram a participação de energia eólica entre os países do mundo. O Reino Unido alcançou uma participação impressionante de 25% em energia eólica, seguido de perto pela Alemanha, com 22%. Esses números refletem os esforços contínuos dessas nações para impulsionar a transição para fontes de energia renovável e reduzir sua dependência de combustíveis fósseis.

Enquanto isso, a Austrália e o Japão se destacaram no uso da energia solar entre os países do G20. A Austrália atingiu uma participação significativa de 13% em energia solar, consolidando sua posição como líder nessa área. O Japão também fez progressos notáveis, com uma participação de 10% em energia solar em 2022. Esses números indicam o compromisso desses países em aproveitar a abundância de luz solar para gerar eletricidade limpa e sustentável.

Essas altas participações de energia eólica e solar demonstram o crescente reconhecimento global da importância das energias renováveis na busca por soluções sustentáveis e na redução das emissões de gases de efeito estufa. À medida que mais países seguem esses exemplos, é possível esperar uma aceleração ainda maior da transição energética global rumo a um futuro mais limpo e sustentável.

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Este conteúdo foi criado originalmente em português.

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