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Japão Anuncia Plano de Liberação de Água de Fukushima e Questões de Segurança Levantam Preocupações

O Japão está prestes a dar início a um complexo processo de liberação de mais de um milhão de toneladas de água tratada da usina nuclear danificada de Fukushima Daiichi. O plano, que deve se estender por décadas, tem suscitado debates acalorados sobre sua segurança e possíveis impactos ambientais. A decisão foi tomada com base em considerações técnicas e regulatórias, mas a oposição de ativistas ambientais e de alguns países vizinhos tem criado uma atmosfera de incerteza.

A água armazenada nos tanques da usina contém trítio, um isótopo radioativo de hidrogênio que é difícil de separar, mesmo após um longo processo de filtragem. A Tokyo Electric Power Company (Tepco) planeja diluir a água até que os níveis de trítio estejam dentro dos limites regulatórios aceitáveis antes de liberá-la no oceano a partir do local costeiro. As autoridades japonesas afirmam que a liberação de água contendo trítio é um procedimento comum em usinas nucleares em todo o mundo e que a radiação emitida por esse isótopo não é energeticamente penetrante o suficiente para representar riscos significativos para a saúde humana.

A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), órgão de vigilância nuclear das Nações Unidas, deu sinal verde ao plano de liberação da água em julho, declarando que o mesmo estava em conformidade com padrões internacionais e que os impactos tanto nas pessoas quanto no meio ambiente seriam “insignificantes”. No entanto, essa aprovação não aplacou as preocupações de todos.

Ativistas do Greenpeace levantaram questões sobre a avaliação completa dos riscos radiológicos e biológicos associados à liberação da água. Eles argumentam que os potenciais impactos do trítio, carbono-14, estrôncio-90 e iodo-129 – que também serão liberados junto com a água – não foram adequadamente estudados. O governo japonês e organizações científicas do país afirmam que os níveis desses elementos estarão abaixo dos limites considerados seguros para a saúde humana.

O governo sul-coreano, embora inicialmente tenha expressado preocupações, concluiu após um estudo próprio que a liberação da água de Fukushima está em conformidade com os padrões internacionais e expressou respeito pela avaliação positiva da AIEA.

À medida que o Japão se prepara para iniciar esse processo de liberação de água radioativa, a controvérsia e os debates sobre segurança, saúde e impacto ambiental continuam a se intensificar. O mundo observa atentamente, enquanto o Japão navega por esse terreno desafiador em sua busca por uma solução para o legado deixado pelo desastre nuclear de Fukushima.

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