A energia eólica offshore emerge como uma opção vital e econômica para fornecer eletricidade a áreas costeiras densamente povoadas, devido à sua produção significativa e à capacidade de rápida implementação em escala de gigawatts. Para impulsionar essa expansão, a inovação se torna crucial, conforme revelado no “Relatório de insights de patentes de energia eólica offshore”.
À medida que o mundo se volta para fontes de energia renovável para atingir as metas climáticas, um relatório conjunto da Agência Internacional de Energia Renovável (IRENA) e do Instituto Europeu de Patentes (EPO) destaca a necessidade premente de triplicar a capacidade global de energia renovável até 2030. Especificamente, a capacidade eólica offshore deve atingir aproximadamente 500 GW nesse período, representando um aumento impressionante de catorze vezes em relação a 2020.
O estudo, que analisa dados de patentes de 2002 a 2022, demonstra um crescimento médio de 18% nos pedidos de patentes para tecnologias eólicas offshore. Após um período de estagnação entre 2014 e 2017, os últimos anos testemunharam um notável aumento nesse índice.
Principais Tendências Identificadas:
- Globalização da Inovação: A Europa e a Ásia lideram as inovações no setor de energia eólica offshore, enquanto os Estados Unidos surgem como um mercado futuro promissor. A Alemanha e a Dinamarca lideram no ranking de depósitos de Famílias Internacionais de Patentes (IPFs).
- Foco em Fundações Flutuantes e Logística: Ao longo da cadeia de abastecimento, a atividade de invenção concentra-se em fundamentos flutuantes, capacidades logísticas e potencial para apoiar a produção de hidrogênio verde.
- Integração de Armazenamento e Produção de Hidrogênio: Invenções concentram-se em três áreas principais: fundações flutuantes, equipamentos de transporte e instalação, e montagem de turbinas. A pesquisa revela uma ênfase crescente em opções de armazenamento de energia, especialmente aquelas associadas à produção de hidrogênio para acelerar a descarbonização.
Este relatório destaca um ponto de inflexão na transição energética global, enfatizando a necessidade de inovações sustentadas e significativas. O aumento nos pedidos de patentes reflete o impulso, mas é crucial desenvolver um quadro regulamentar complementar para ampliar as capacidades globais e garantir uma contribuição efetiva para a limitação do aquecimento global a 1,5 °C, conforme preconizado pelo Acordo de Paris.
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