Abu Dhabi, Emirados Árabes Unidos, 15 de maio de 2023 – A Agência Internacional de Energia Renovável (IRENA), em colaboração com a Presidência indiana do G20, apresentou hoje um relatório abrangente sobre o papel do financiamento de baixo custo na aceleração da transição energética. O relatório, intitulado “Financiamento para Transição de Energia de Baixo Custo”, foi desenvolvido em estreita colaboração com o Ministério de Energia Nova e Renovável (MNRE) da Índia e oferece uma caixa de ferramentas para aumentar a disponibilidade de capital de baixo custo nos países do G20 e além.
O relatório “Financiamento para Transição de Energia de Baixo Custo” lançado pela IRENA apresenta uma abordagem inovadora e abrangente para impulsionar a transição energética. Reconhecendo a necessidade de investimentos significativos para atingir as metas climáticas, o relatório destaca a importância do acesso a financiamento acessível. Com base em lições aprendidas em tecnologias renováveis como energia solar e eólica, o relatório propõe estruturas que reduzem os custos de transação e facilitam investimentos estrangeiros diretos em tecnologias críticas. Ao fornecer uma caixa de ferramentas para aumentar a disponibilidade de capital de baixo custo, o relatório desempenha um papel fundamental em capacitar os países do G20 e além na aceleração da transição energética de maneira eficiente e sustentável.
Em sua declaração durante o lançamento do relatório, o Diretor-Geral da IRENA, Sr. Francesco La Camera, enfatizou a necessidade urgente de acesso a financiamento de baixo custo para a rápida expansão global das energias renováveis. Ele expressou orgulho em contribuir com o trabalho do G20 e fornecer informações valiosas que apoiam a Presidência da Índia na facilitação do acesso a financiamento acessível tanto em economias em desenvolvimento quanto avançadas.
De acordo com a prévia do Relatório de Perspectivas das Transições Energéticas Mundiais da IRENA, é necessário aumentar a participação de energia renovável no mix de energia primária para cerca de três quartos, a fim de atingir a meta climática de 1,5 °C (Acordo de Paris).
Nesse contexto, o relatório destaca que o risco-país ou o risco político é frequentemente identificado como o principal obstáculo para os fluxos de capital institucional internacional. Com base nas lições aprendidas com as reduções significativas de custos observadas nas tecnologias solares e eólicas nos últimos anos, o relatório apresenta estruturas que podem reduzir os custos de transação de transferências de tecnologia e facilitar investimentos estrangeiros diretos nas tecnologias críticas para a próxima fase da transição energética, como hidrogênio, energia eólica offshore e armazenamento em acumuladores.
Essas estruturas de inovação podem impulsionar melhorias em tecnologias facilitadoras, modelos de negócios, design de mercado e operação do sistema, considerando fatores como maturidade tecnológica, inovação, integração de sistemas, aumento da capacidade de fabricação e redução dos custos de mão de obra. Além disso, o financiamento de baixo custo é uma das seis principais áreas prioritárias estabelecidas pela Presidência indiana do G20.
