O Grupo do Banco Europeu de Investimento (BEI) anunciou, através de um relatório de ações divulgado em fevereiro de 2023, que investiu um recorde de 17 bilhões de Euros em projetos relacionados à energia renovável, eficiência energética, armazenamento de energia e infraestrutura de rede em 2022. Este investimento representa cerca de 23% do total de 72,5 bilhões de Euros assinados pelo Grupo para fomentar o setor energético. Além do investimento em energia limpa, o Banco também incluiu € 19,4 bilhões em ações classificadas como “investimento verde”.
Dentre os inúmeros objetivos para os aportes subsidiados pelo Grupo BEI em 2022, destacam-se:
- Diversificar o fornecimento de gás no curto prazo;
- Aumentar a participação de renováveis no mix de energia;
- Eletrificar o calor, o transporte e a indústria pesada;
- Aumentar a escala de biometano e hidrogênio de baixo carbono no longo prazo.
O BEI está cumprindo as metas assumidas desde 2019 para alcançar seu objetivo de aportar 1 trilhão de Euros em financiamento verde durante a década de 2020 – e já garantiu que pelo menos metade do financiamento total de todas as operações da instituição serão “verdes” até 2025. Essa antecipação acontece principalmente devido à Lei de Redução da Inflação dos EUA, que destina US$ 369 bilhões em subsídios para ações climáticas. Essa lei é considerada a maior desse tipo até agora e tem como objetivo reduzir as emissões domésticas dos EUA em pelo menos 40% até 2030 em relação à linha de base de 2005.
No entanto, a União Europeia (UE) está preocupada com o impacto que isso terá na competitividade da tecnologia limpa produzida no continente, como os carros elétricos. Para enfrentar esse desafio, a UE propôs uma solução inicial de cerca de € 250 bilhões, a maioria dos quais será retirada de fundos existentes que serão reaproveitados, por meio do seu novo ‘Plano Industrial Green Deal’. Esse plano incluirá um novo Fundo de Soberania, que apoiará tecnologias limpas emergentes até o ponto de maturidade comercial.
Muitos detalhes sobre o Green Deal ainda precisam ser divulgados, incluindo quais tecnologias serão abrangidas e como a neutralidade tecnológica será mantida, porém é crucial que a Europa mantenha sua posição em relação à sustentabilidade, a fim de preservar a competitividade das economias do continente e que o BEI garante sua contribuição efetiva para financiar a inovação energética.
BEI Se Compromete Com Metas Científicas de Redução de Emissões de Gases de Efeito Estufa
O Banco Europeu de Investimento (BEI) é uma das instituições financeiras que aderiu ao Science Based Targets initiative (SBTi), iniciativa que visa ajudar as empresas a estabelecer metas de redução de emissões de gases de efeito estufa (GEE) em consonância com as diretrizes científicas necessárias para limitar o aquecimento global a 1,5 °C acima dos níveis pré-industriais.
O compromisso do BEI com o SBTi é um passo importante para a transição para uma economia de baixo carbono e mais resiliente às mudanças climáticas. Como banco de investimento líder na Europa, o BEI desempenha um papel fundamental na transição para um futuro sustentável, investindo em projetos que apoiem a descarbonização da economia. Ao se comprometer com metas baseadas na ciência, o BEI está assumindo a responsabilidade de reduzir as emissões de GEE em suas próprias operações e em sua carteira de empréstimos, contribuindo para um futuro mais sustentável e saudável para todos. Além disso, o BEI está incentivando outras instituições financeiras a seguir o mesmo caminho, demonstrando liderança e ação na luta contra as mudanças climáticas.
A adesão do BEI ao SBTi é um exemplo de como as instituições financeiras podem desempenhar um papel importante na transição para uma economia de baixo carbono. Ao adotar metas baseadas na ciência, as empresas e instituições financeiras podem contribuir para um futuro mais sustentável e resiliente, ao mesmo tempo em que se beneficiam de oportunidades de investimento em tecnologias limpas e soluções de baixo carbono.
