Joe Biden, presidente dos Estados Unidos, convocou uma reunião de líderes do Fórum das Principais Economias sobre Energia e Clima (MEF) em abril, com o objetivo de enfrentar a crise climática e cumprir as metas estabelecidas pelo Acordo de Paris. O Acordo busca limitar o aumento da temperatura global em 1,5°C.
Durante a reunião, o presidente dos Estados Unidos ressaltou os novos avanços que o país está realizando para alcançar a meta ambiciosa de limitar o aumento da temperatura global em 1,5°C, ao mesmo tempo em que se compromete em reduzir as emissões em 50-52% até 2030. Além disso, ele anunciou medidas significativas para apoiar os países em desenvolvimento na adoção de ações climáticas mais eficazes. Isso inclui o compromisso de disponibilizar 1 bilhão de dólares para o Fundo Clima Verde, bem como o pedido de 500 milhões de dólares para o Fundo Amazônia e atividades relacionadas.
A U.S. Development Finance Corporation está envolvida em um investimento de 50 milhões de dólares na Estratégia de Restauração do BTG Pactual. Essa iniciativa tem como objetivo mobilizar 1 bilhão de dólares para apoiar a restauração de aproximadamente 300 mil hectares de terras degradadas no Brasil, Uruguai e Chile. O investimento visa impulsionar esforços de recuperação ambiental nessas regiões, promovendo a sustentabilidade e a preservação da biodiversidade.
O presidente também convidou mais nações a se unirem aos Estados Unidos e a outros países no esforço conjunto de mobilizar os bancos multilaterais de desenvolvimento, visando enfrentar de maneira mais eficiente os desafios globais, como as mudanças climáticas. Essa iniciativa demonstra a intenção de fortalecer a cooperação internacional e promover ações concretas para lidar com a crise climática.
A Casa Branca destacou quatro áreas principais que precisam ser aceleradas para alcançar as metas propostas pelo Acordo de Paris. São elas:
- As medidas de descarbonização devem ser tomadas para impulsionar a transição energética, visando reduzir as emissões nos setores de energia e transporte. Aumentar a participação de fontes renováveis de energia e estabelecer metas mais ambiciosas para 2030 são prioridades. Incentivar a produção em massa de veículos de emissão zero e a descarbonização do transporte marítimo internacional estão entre as ações sugeridas.
- Acabar com o desmatamento na Amazônia e em outras áreas florestais é fundamental. A Declaração dos Líderes de Glasgow sobre Florestas e Uso da Terra pede a interrupção e reversão da perda florestal e a degradação da terra até 2030. O presidente dos Estados Unidos propôs reunir líderes mundiais para mobilizar apoio público, privado e filantrópico nesse sentido.
- Especialistas enfatizam a importância de financiar a redução das emissões de metano e acelerar a eliminação gradual dos hidrofluorocarbonetos (HFC) de acordo com a Emenda de Kigali. O objetivo principal da Emenda de Kigali é combater o impacto negativo dos HFCs no aquecimento global, uma vez que essas substâncias possuem um potencial de aquecimento global muito alto em comparação com o dióxido de carbono (CO2). A implementação efetiva da emenda pode resultar em uma redução significativa nas emissões de gases de efeito estufa e contribuir para a luta contra as mudanças climáticas.
- Visando a COP 28, é necessário lançar um Desafio de Gestão do Carbono para lidar com as emissões. Parcerias com outros países são essenciais para acelerar o desenvolvimento de tecnologias de captura, remoção, uso e armazenamento de carbono. O Desafio de Gestão do Carbono envolve a colaboração entre países, instituições e setores para enfrentar as emissões de carbono de forma abrangente. Ele busca promover o uso de tecnologias avançadas, como captura e armazenamento de carbono (CAC), uso de carbono (UC) e remoção de carbono da atmosfera (CDR).
- As tecnologias de captura de carbono visam coletar o dióxido de carbono (CO2) emitido por processos industriais e de energia antes que ele seja liberado na atmosfera, armazenando-o de forma segura, geralmente em formações geológicas subterrâneas. Já as tecnologias de uso de carbono buscam aproveitar o CO2 capturado para diversos fins, como produção de materiais, produtos químicos ou combustíveis de baixa emissão de carbono.
Essas medidas estão alinhadas com as informações divulgadas no relatório síntese do Painel Intergovernamental sobre as Alterações Climáticas (IPCC). O relatório destaca a urgência de ações para evitar consequências ainda mais graves das mudanças climáticas.
A fim de incentivar o cumprimento dessas quatro áreas principais e das metas do Acordo de Paris, o presidente dos Estados Unidos propõe uma série de medidas, incluindo a Lei de Redução da Inflação, que envolve um maior investimento dos EUA na redução das emissões. Além disso, são propostas a aceleração da economia de energia limpa e a proteção das comunidades contra os impactos climáticos.
A Casa Branca destaca a importância de agir de forma decisiva e urgente diante da crise climática, levando em consideração as informações científicas do IPCC. O objetivo é garantir a cooperação global e a mobilização de recursos para enfrentar os desafios climáticos de forma abrangente.
Com o intuito de fortalecer os compromissos do presidente no combate ao desmatamento associado à produção de commodities agrícolas e na redução do desmatamento global, o governo dos Estados Unidos está empenhado em identificar abordagens promissoras para lidar com commodities agrícolas de comércio global que estejam relacionadas ao desmatamento internacional.
Além disso, estão sendo exploradas ações potenciais para reduzir o desmatamento global, de acordo com as diretrizes estabelecidas na Ordem Executiva do Presidente. Essas medidas visam enfrentar um dos principais impulsionadores do desmatamento e promover práticas mais sustentáveis na produção e no comércio de commodities agrícolas em escala global.
A reunião do Fórum das Principais Economias sobre Energia e Clima liderada pelo presidente Biden evidenciou a determinação dos Estados Unidos em liderar os esforços internacionais para combater as mudanças climáticas.