O primeiro Simpósio Global sobre Soluções Sustentáveis em Água e Energia, realizado em novembro de 2022 na cidade de Foz do Iguaçu, situada no Estado do Paraná, Brasil, contou com a presença de representantes de 22 países. No evento, estiveram reunidos especialistas e representantes de governos, organizações e empresas internacionais e de setores privados.
O simpósio mediou a renovação do acordo assinado entre a empresa Itaipu Binacional e o Undesa – sigla em inglês para United Nations Department of Economic and Social Affairs – no qual visa alcançar ainda mais as metas e objetivos já previstos no acordo anterior, que se atualizará durante o período crítico de 5 anos (2022-2026) da Década de Ação das Nações Unidas para o alcance dos ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável).
Fundada em 2018, a Rede Global para Soluções Sustentáveis de Água e Energia tem expectativas de expansão para englobar todos os outros ODS, em especial o ODS 13 (mudanças climáticas) e o ODS 15 (ecossistemas terrestres). A mesma pretende o compartilhamento de boas práticas e experiências ao redor de todo o mundo com governos e instituições, conectando as metas dos ODS 6 (água) e 7 (energia) aos demais que compõem a Agenda 2030 das Nações Unidas.
Recursos de Águas e Energias Entrelaçados por seus Meios
Com a interdependência de energias e águas se intensificando ao longo dos anos e os países se preparando para a contribuição de ambos os setores, os recursos naturais utilizados nesse meio, como as energias e processos hídricos, estão passando por altas demandas e agravamentos restritivos em muitas áreas e regiões globais. Por mudanças climáticas, crescimentos econômicos e populacionais, o consumo de energia tem previsão de um aumento de até 50%, o que já influencia diretamente o consumo de água no setor energético, que passará por um aumento de 85%.
Esses temas foram pautas nas quais o subsecretário-geral da Organização das Nações Unidas para Assuntos Econômicos e Sociais, Liu Zhenmin, destacou em seu discurso. “Precisamos urgentemente de soluções sustentáveis exequíveis para fomentar o nexo água-energia e garantir a segurança hídrica global. Para que isso aconteça, temos que trabalhar com as interligações entre ação climática, proteção ambiental e desenvolvimento socioeconômico, reconhecendo os impactos entre eles”, afirmou o subsecretário-geral.
Com debates promovidos por ambos os lados da fronteira, tanto do lado brasileiro, em Foz do Iguaçu, como do lado paraguaio, em Hernandárias, os temas discutidos foram de mudanças climáticas a conservação e aproveitamento de novas tecnologias para o melhoramento ambiental, marcando por fim, um consenso entre todos os participantes positivos para as mudanças, um documento foi apresentado, com a participação de todos os países: Argélia, Bolívia, Emirados Árabes Unidos, Equador, Espanha, Estados Unidos, Etiópia, Filipinas, Gana, Guatemala, Índia, Líbano, Nepal, Omã, Paquistão, Quênia, Sudão, Suíça, Tajiquistão e Tunísia, além de Brasil e Paraguai.
Se destacam pontos principais, nos quais foram anunciados pelo especialista em Desenvolvimento Sustentável da Undesa, Martin Niemetz, tais como a necessidade de sinergia para a cooperação na mitigação de problemas climáticos; fortalecimento de políticas de longo prazo para as questões envolvendo água e energia e a concentração de esforços e recursos financeiros para ampliações e aceleramento de investimentos em soluções inovadoras, como, por exemplo, o hidrogênio verde.
O Simpósio Global, promovido pela Undesa e suas colaborações de organizações e membros de toda a Rede de Soluções Sustentáveis para Água e Energia, finalizaram as discussões e resultados do Simpósio Global, deixando a promessa para a prioridade e foco no desenvolvimento de soluções sustentáveis que possam se interligar entre si para o crescimento de todos os países envolvidos.
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