Por um clima positivo

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Brasil: Consumo Nacional de Energia Elétrica Continua em Crescimento

O consumo nacional de energia elétrica atingiu 43.181 GWh em maio de 2023, registrando um crescimento de 2,7% em comparação com o mesmo mês do ano anterior. Mais uma vez, a classe residencial foi a principal responsável pela alta, com um aumento de 6,4%, seguida pelas classes comercial (+3,3%) e industrial (+1,6%). Ao longo dos últimos 12 meses, o consumo nacional alcançou 514.482 GWh, apresentando uma alta de 1,8% em relação ao período imediatamente anterior.

No segmento industrial, o consumo de eletricidade aumentou 1,6% em maio, totalizando 15.751 GWh. As regiões Nordeste (+18,8%) e Norte (+11,9%) tiveram o maior crescimento no consumo industrial, seguidas pelo Centro-Oeste (+4,1%). Já o Sul manteve-se estável (+0,3%), enquanto o Sudeste registrou uma queda de 3,8%. Embora a classe industrial como um todo tenha apresentado crescimento no consumo, 21 dos 37 setores monitorados tiveram retração, incluindo seis dos dez mais eletrointensivos da indústria.

Entre os setores industriais que impulsionaram o aumento no consumo de eletricidade, destacam-se a metalurgia (+254 GWh; +6,7%), impulsionada pela cadeia do alumínio primário no Maranhão e Pará, e a extração de minerais metálicos (+100 GWh; +9,1%), com aceleração na produção de minério de ferro e cobre. Outros setores que apresentaram crescimento foram a fabricação de produtos alimentícios (+69 GWh; +3,5%) e produtos químicos (+28 GWh; +1,8%).

Por outro lado, alguns setores tiveram redução no consumo de eletricidade, incluindo produtos de minerais não-metálicos (-75 GWh; -6,0%), papel e celulose (-28 GWh; -3,5%) e produtos têxteis (-23 GWh; -4,4%).

No segmento residencial, o consumo de energia elétrica alcançou 13.065 GWh em maio, um aumento de 6,4% em relação ao mesmo mês do ano anterior. Esse crescimento foi influenciado por fatores como temperaturas mais elevadas, programas de redução de perdas de distribuidoras, melhoria dos indicadores de qualidade dos serviços das distribuidoras, reclassificação de consumidores para a classe residencial e menores tarifas de energia elétrica, decorrentes da redução de impostos para algumas distribuidoras. Além disso, o aumento no número de consumidores residenciais, do rendimento médio dos trabalhadores e da taxa de ocupação também contribuiu para o aumento do consumo residencial em todas as regiões do país.

Na classe comercial, o consumo de energia elétrica atingiu 7.853 GWh em maio, apresentando um crescimento de 3,3% em comparação com o mesmo mês de 2022. O setor de serviços e vendas do varejo, bem como temperaturas acima da média, foram fatores que favoreceram o incremento do consumo nesse segmento. Todas as regiões do país registraram crescimento no consumo de energia elétrica pela classe comercial, com destaque para a região Norte (+12,7%).

No mercado livre, o consumo de eletricidade cresceu 4,9% em maio, enquanto no consumo cativo das distribuidoras houve um aumento de 1,2%.

 

As Projeções da ANEEL

 

As projeções indicam um cenário de expansão contínua do consumo de energia elétrica, impulsionado principalmente pelo aumento das atividades econômicas e pelas condições favoráveis de geração no país. A ANEEL continua acompanhando de perto o comportamento do setor elétrico, garantindo a transparência e eficiência no fornecimento de energia para os consumidores brasileiros. Com as projeções indicando um cenário favorável para o setor, a expectativa é de que as ações de estímulo ao consumo consciente e de expansão da infraestrutura energética continuem sendo implementadas para atender à crescente demanda do país.

Além disso, as perspectivas positivas para a classe residencial, comercial e industrial demonstram a retomada do crescimento econômico, o que pode ser um indicador promissor para outros setores da economia. A continuidade do desenvolvimento da indústria e do comércio implica, muitas vezes, em maior consumo de energia, refletindo o aumento da atividade produtiva e do poder de consumo dos brasileiros.

É importante ressaltar que o setor elétrico brasileiro tem se mostrado resiliente e eficiente na superação de desafios e na adaptação a diferentes cenários. As políticas públicas, aliadas a investimentos em infraestrutura e tecnologias de geração e distribuição, têm contribuído para garantir um suprimento estável e seguro de energia elétrica, mesmo em momentos de oscilações climáticas e incertezas econômicas.

Diante do contexto de aumento do consumo de energia elétrica, as autoridades competentes devem continuar monitorando o mercado e adotando medidas adequadas para evitar sobrecargas no sistema e assegurar o fornecimento adequado de energia para todos os brasileiros, bem como promover a diversificação das fontes de geração energética, buscando uma matriz mais sustentável e alinhada com as metas de redução de emissões de gases de efeito estufa.

Assim, a bandeira tarifária permanecerá verde em agosto de 2023, o que é uma excelente notícia para os consumidores, indicando um cenário de estabilidade tarifária e reforçando a importância do uso consciente da energia elétrica por parte da população. Com a manutenção da bandeira verde, os brasileiros poderão desfrutar de um período com tarifas mais baixas, contribuindo para o alívio no orçamento familiar e impulsionando o desenvolvimento sustentável do país.

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