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Por um clima positivo

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Brasil Alcança Maior Eficiência Energética Através de Projeto Alemão Inédito

Um estudo abrangente, apresentado conjuntamente pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) e a Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit (GIZ) GmbH, revelou os impactos positivos do Programa de Eficiência Energética (PEE) no Brasil. A pesquisa, divulgada durante o Congresso de Inovação Tecnológica e Eficiência Energética do Setor Elétrico (Citeenel), destaca que uma amostra de 1.485 projetos de eficiência energética, realizados entre 2008 e 2022, resultou em uma economia anual de 1.776 MWh no país, equivalente ao consumo de mais de 6 mil famílias anualmente, com maior benefício para os consumidores de baixa renda.

O estudo, conduzido em colaboração com o Centro de Aprendizagem em Avaliação e Resultados para a África Lusófona e Brasil da Fundação Getúlio Vargas (FGV EESP CLEAR), baseou-se no guia de Avaliação de Política Públicas do Governo Federal. Dividido em três etapas principais – Avaliação Executiva, Avaliação de Implementação e Avaliação de Resultados – o estudo envolveu representantes de diversas entidades, incluindo a ANEEL, distribuidoras, empresas especializadas em Serviços de Conservação de Energia (ESCOs), auditores externos e uma variedade de beneficiários, desde prefeituras municipais até hospitais, indústrias e empresas de distribuição de água e saneamento.

O Secretário de Inovação e Transição Energética da ANEEL, Paulo Luciano de Carvalho, ressaltou a importância do Programa de Eficiência Energética, enfatizando não apenas a redução no consumo, mas também os impactos sociais, econômicos e ambientais significativos, especialmente para a parcela mais vulnerável da população.

Sobre o Projeto

 

Este estudo integra a parceria entre a ANEEL e o projeto Sistemas de Energia do Futuro, que faz parte da Cooperação Brasil-Alemanha para o Desenvolvimento Sustentável, implementado pelo Ministério de Minas e Energia (MME) e pela GIZ, com recursos do Ministério Federal da Cooperação Econômica e do Desenvolvimento (BMZ) da Alemanha. Está baseado na estimativa de um considerável aumento de 18% no consumo de energia per capita no Brasil até 2029, impulsionando a necessidade de aprimorar o sistema energético do país. Com a produção atualmente dependente de fontes renováveis, notadamente 60% provenientes de energia hidrelétrica e 20% de outras fontes, como eólica, biomassa e fotovoltaica, o Brasil enfrenta desafios relacionados às mudanças climáticas e períodos de seca, que impactam diretamente a produção hidrelétrica.

Para abordar essas questões, este projeto foi implementado visando fortalecer a eficiência energética e a integração de fontes renováveis no sistema energético brasileiro. Através do fornecimento de orientações estratégicas para ministérios, autoridades, bancos e órgãos públicos, bem como apoio na implementação de estruturas de gestão e colaboração, o projeto busca otimizar o uso do vasto potencial de energias renováveis no país.

Em parceria com a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), o projeto está trabalhando na melhoria do marco regulatório para facilitar a integração de tecnologias inovadoras e modelos de negócios sustentáveis no setor energético. O programa também realizou duas redes de aprendizagem, focando em eficiência energética em edifícios públicos e na gestão de energia na indústria, respectivamente.

Além disso, o projeto está empenhado no desenvolvimento de projetos-piloto que destacam novas tecnologias e modelos relacionados a energias sustentáveis e crescimento verde. Um exemplo notável é a implementação do Sistema de Gestão de Energia (SGE) com certificação ISO 50.001 no edifício-sede do Ministério de Minas e Energia (MME) em Brasília, demonstrando o compromisso do Brasil com práticas sustentáveis e eficientes em sua infraestrutura energética.

 

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