O cenário econômico mundial tem sido pautado pela volatilidade e competitividade acelerada. Nesse contexto, as empresas têm procurado se reinventar constantemente, acompanhando as tendências de mercado e adotando soluções que assegurem a redução de despesas e aumento de receita, visando resultados mais lucrativos.
Um insumo comum e essencial para empresas de todos os ramos de atividade é a energia, logo a estratégia de autoprodução de energia limpa e renovável no Ambiente de Contratação Livre (ACL) tem sido um plano cada vez mais atrativo para as empresas otimizarem seus custos.
Priorize Alternativas Energéticas Sustentáveis
O Ambiente de Contratação Livre (ACL) de energia é um sistema regulamentado pelo governo que autoriza o consumidor negociar a compra de energia elétrica diretamente com as concessionárias reguladas. Nesse Mercado Livre de Energia, as condições referentes a preço, prazo e volume de energia são livremente negociadas entre as empresas e a geradora ou comercializadora.
O processo da autoprodução de energia é descomplicado e eficaz: a energia é captada pelos equipamentos de geração de energia renovável e convertida em energia elétrica utilizada para alimentar as necessidades de uma casa ou empresa. O excedente da energia produzida ainda pode ser armazenado em acumuladores para uso futuro ou comercialização de volta à rede elétrica convencional.
O sistema permite que a empresa atenda sua demanda interna mediante fontes renováveis de baixo custo, como energia solar, eólica, biogás, biomassa e hídrica.
Modalidades Existentes para as Empresas Produzirem sua Própria Energia
Existem duas formas de gerar a sua própria energia no Brasil: autoprodução e a Geração Distribuída (GD). E para identificar a opção mais adequada para cada negócio, é preciso compreender as principais diferenças entre as duas alternativas que podem ser utilizadas.
A indicação de Autoprodução é válida somente para consumidores no Mercado Livre de Energia, enquanto a Geração Distribuída é uma modalidade que se aplica exclusivamente para consumidores que estão no Ambiente de Contratação Regulado, também conhecido como mercado cativo de energia.
Tendência de Gestão Energética
Esse modelo de negócio viabiliza uma gestão mais eficiente de gastos com energia, visto que a negociação direta com as geradoras possibilita estabelecer preços mais acessíveis e assegura um valor fixo durante todo o período de contratação.
A Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL regulamenta e incentiva a adoção dessa tecnologia no mercado brasileiro, por meio de programas de fomento.
Somado ao ganho financeiro está o ganho de eficiência com a produção de energia confiável, podendo tornar a unidade industrial ou comercial autossuficiente na geração de energia elétrica.
Um diferencial importante para quem necessita de uma fonte de energia autônoma e independente. Para estabelecimentos como hospitais, hotéis, edifícios corporativos, shopping centers e indústrias, o fornecimento ininterrupto é essencial quando a rede elétrica convencional fica temporariamente indisponível.
No Radar dos Investidores
O grande potencial de geração de energia renovável faz com que o Brasil se destaque como um dos principais destinos para investimentos nesse setor.
A utilização de modelos relacionados à cogeração de energia vem crescendo ano após ano, se configurando como uma grande tendência mundial e atraindo cada vez mais a atenção de investidores.
Quanto ao mercado nacional, a aposta em empresas dessa área se apresenta como uma ótima opção devido à perspectiva de crescimento significativo. A riqueza ambiental e alta capacidade produtiva do país propiciam o modelo de fabricação da própria energia, que já é considerado uma forte tendência no mercado e uma possibilidade cada vez mais explorada por empresas de médio e grande porte.
Dados da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE indicam recorde de geração de energia renovável em 2022. Usinas hidrelétricas, eólicas, solares e de biomassa foram responsáveis por 92% do total de eletricidade produzida pelo país, maior porcentual dos últimos 10 anos.
O maior crescimento foi da geração solar centralizada, de 64,3% na comparação com o ano anterior. Ao todo foram produzidos mais de 1,4 mil MW médios. A chegada de 88 novas fazendas solares ao Sistema Interligado Nacional – SIN fez com que o segmento alcançasse 4% de representatividade na matriz nacional.
Com a notoriedade da situação ambiental em que o mundo se encontra, a adoção de medidas como a autoprodução e cogeração de energia limpa e renovável é um caminho sem volta. Uma alternativa segura, sustentável e responsável no propósito de tornar o mundo um lugar melhor para viver.