A Copenhagen Infrastructure Partners (CIP) e a gigante de seguros Allianz solicitaram permissão para construir duas ilhas artificiais de energia no Mar do Norte alemão, com um plano ambicioso de conectar 10 GW de energia eólica offshore. Essa iniciativa pioneira visa impulsionar a transição para uma matriz energética mais limpa e reduzir as emissões de carbono.
Os parceiros, após realizar um projeto de viabilidade no ano passado, lideram agora um consórcio que inclui IfAÖ, TÜV Süd, Chatham Partners, Wood Thilsted e COWI, e submeteram o plano às autoridades alemãs para aprovação. As ilhas artificiais, distantes da costa, estão previstas para se tornarem centros de energia eólica offshore, fornecendo uma capacidade combinada.
As ilhas energéticas são estruturas inovadoras projetadas para aproveitar o potencial de energia renovável em áreas offshore. Essas ilhas podem ser construídas no mar e abrigar uma variedade de fontes de energia, como parques eólicos offshore, usinas solares flutuantes e até mesmo sistemas de conversão de energia das ondas e das marés.
Essas ilhas energéticas têm como objetivo principal maximizar a geração de energia limpa e renovável, aproveitando as condições favoráveis em áreas costeiras e marítimas. Ao serem localizadas longe da costa, essas estruturas podem aproveitar ventos mais fortes e mais constantes, aumentando assim a eficiência e a produção de energia eólica. Além disso, elas permitem a instalação de painéis solares em grandes áreas sem limitações de espaço, aproveitando a radiação solar abundante.
Os investimentos dessas ilhas energéticas gigantes estão estimados em até 5,4 bilhões de euros, de acordo com a CIP, confirmando informações veiculadas na revista alemã Der Spiegel. As ilhas serão conectadas por cabos submarinos para transmitir a energia gerada pelas turbinas eólicas offshore, permitindo seu transporte eficiente para o continente.
Uma das principais características desse projeto inovador é a capacidade das ilhas de produzir hidrogênio verde por meio de eletrolisadores. Essa produção de hidrogênio verde pode ser usada em diversos setores, como mobilidade, indústria e aquecimento, contribuindo para a descarbonização do sistema energético.
Essas ilhas energéticas não apenas impulsionarão a capacidade de energia renovável da Alemanha, mas também abrirão oportunidades para exportação de energia e hidrogênio verde para outros países. Além disso, o projeto pode ter um impacto significativo na criação de empregos verdes e no desenvolvimento econômico local.
A aprovação das autoridades alemãs para esse plano ambicioso será um marco importante na aceleração da transição energética do país e na redução de suas emissões de carbono. A iniciativa liderada pela Allianz e CIP demonstra o compromisso do setor privado em impulsionar a mudança e promover soluções inovadoras para enfrentar a crise climática.
À medida que o mundo busca cada vez mais formas de produzir energia limpa e reduzir a dependência de combustíveis fósseis, essas ilhas energéticas alemãs gigantes podem se tornar um modelo inspirador para outros países em sua busca pela sustentabilidade e pela descarbonização.
