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Por um clima positivo

Por um clima positivo

A Consolidação Mundial da Economia de Descarbonização 

As mudanças climáticas são um dos maiores desafios enfrentados pela humanidade atualmente. O aumento das temperaturas globais, a elevação do nível do mar, a acidificação dos oceanos e o aumento de eventos climáticos extremos são alguns dos impactos negativos que já podemos observar. Por isso, a importância dos avanços da economia de descarbonização é cada vez mais evidente.

A economia de descarbonização é uma abordagem que visa a redução das emissões de gases de efeito estufa (Greenhouse Gases – GHG), em particular o dióxido de carbono (CO2), produzido principalmente pela queima de combustíveis fósseis como petróleo, gás natural e carvão. Essas emissões são responsáveis pelo aquecimento global e suas consequências devastadoras. A economia de descarbonização busca substituir essas fontes por alternativas de energia renovável e tecnologias de baixo carbono.

Países estão em ação para alcançar metas sustentáveis, adotando políticas de descarbonização e implementando medidas para reduzir as emissões de gases de efeito estufa. A União Europeia, por exemplo, estabeleceu a meta de alcançar a neutralidade de carbono até 2050. A China, maior emissor de GHG do mundo, também anunciou planos ambiciosos de atingir a neutralidade de carbono até 2060. O Japão e a Coreia do Sul também se comprometeram a alcançar essa meta até meados do século.

Além dos governos mundiais, várias empresas estão adotando medidas para reduzir as emissões de gases de efeito estufa em suas operações. Grandes corporações, como a Google e a Amazon, anunciaram planos de se tornarem neutras em carbono até 2030 e 2040, respectivamente. Outras empresas também estão investindo em tecnologias limpas e renováveis, como a Tesla com seus projetos de carros elétricos em desenvolvimento.

A implementação de políticas de precificação de carbono é uma das principais medidas adotadas para promover a descarbonização. Essas políticas tornam mais caro o uso de combustíveis fósseis, incentivando a adoção de fontes de energia renovável e tecnologias de baixo carbono. Vários países, como Canadá, Reino Unido e França, já implementaram ou estão considerando a implementação de políticas de precificação de carbono.

A eletrificação de setores que atualmente dependem de combustíveis fósseis, como transporte e aquecimento, é outra medida importante para a descarbonização. Isso envolve a adoção de veículos elétricos, sistemas de aquecimento de baixo carbono e a integração de fontes renováveis de energia nas redes elétricas. O setor financeiro também está começando a considerar os riscos associados às mudanças climáticas e a incorporar esses fatores em suas decisões de investimento.

 

Descarbonização: O Caminho Para um Futuro Ambientalmente Sustentável

 

A descarbonização é o caminho para um futuro ambientalmente sustentável e a redução das emissões de gases de efeito estufa é fundamental para limitar o aumento da temperatura média global e minimizar os impactos das mudanças climáticas. A transição para uma economia de baixo carbono é um desafio complexo e requer um esforço conjunto de governos, empresas e sociedade.

Os compromissos assumidos pelos países no Acordo de Paris representam um importante passo em direção a um futuro mais sustentável. As metas de redução das emissões de gases de efeito estufa estabelecidas pelos países refletem o reconhecimento da gravidade do problema e da urgência de agir. No entanto, para alcançar essas metas, é necessário adotar medidas concretas que promovam a descarbonização da economia.

Uma das principais medidas necessárias para a descarbonização é a adoção de fontes de energia renovável. As energias renováveis são fontes de energia limpas e não emitem gases de efeito estufa. Além disso, são cada vez mais competitivas em termos de custo em relação às fontes de energia fóssil, tornando-se cada vez mais atrativas para empresas e governos. A instalação de painéis solares, aerogeradores e outras formas de energia renovável é uma solução importante para a redução das emissões de gases de efeito estufa (GEE).

A transição para uma economia de baixo carbono pode gerar novas oportunidades de emprego e crescimento econômico. A criação de novas indústrias e serviços relacionados à produção de energia renovável e tecnologias limpas pode gerar novos postos de trabalho e impulsionar o desenvolvimento econômico.

No entanto, apesar dos progressos realizados até agora, ainda há muito a ser feito para alcançar as metas estabelecidas no Acordo de Paris e para promover a descarbonização da economia global. É necessário um compromisso político forte e a adoção de políticas e regulamentações que promovam a transição para uma economia de baixo carbono.

Os governos desempenham um papel fundamental na promoção da descarbonização da economia, através da adoção de políticas e regulamentações que incentivem a adoção de fontes de energia renovável, a eletrificação de setores que atualmente dependem de combustíveis fósseis e a implementação de políticas de precificação de carbono. As empresas também têm um papel importante a desempenhar, através da adoção de práticas empresariais sustentáveis e da promoção de inovações que possam ajudar a reduzir as emissões de gases de efeito estufa.

 

A Descarbonização Inserida na Cadeia Produtiva

 

A descarbonização está cada vez mais presente nos processos econômicos, em resposta à necessidade de reduzir as emissões de gases de efeito estufa (GEE). Tanto o Brasil quanto os Estados Unidos adotam abordagens distintas nessa questão, com o primeiro seguindo o modelo de governança dos Desenvolvimentistas Climáticos e o segundo pertencendo ao grupo Fragmentadores de Carbono.

Ambos os países, no entanto, estão empenhados em fazer a transição para uma economia de descarbonização, e podem servir de exemplo para outras nações. As indústrias, em particular, são responsáveis por uma parcela significativa das emissões GEE, com os EUA correspondendo a 30% e o setor industrial global a 40% de todas as emissões.

Felizmente, já existem tecnologias e abordagens prontas para reduzir as emissões da indústria, incluindo a adoção de fontes de energia renovável, que emitem apenas uma fração das emissões industriais. Além disso, há inovações em andamento que podem ajudar a descarbonizar ainda mais esse setor.

As emissões industriais diretas, juntamente com o uso de eletricidade industrial, são responsáveis por 30% das emissões dos EUA, tornando-se o terceiro maior setor em termos de emissões de GEE, após eletricidade e transporte. A Administração de Informação de Energia dos EUA espera que a demanda por energia no setor industrial cresça cerca de 36% até meados do século, tornando ainda mais importante a busca por soluções que ajudem a reduzir as emissões.

No ano de 2021, a descarbonização industrial foi incluída pela primeira vez como uma iniciativa separada, recebendo um investimento de US$ 510 milhões. E para o ano de 2022, o Senado Norte Americano recomendou um investimento de US$ 830 milhões para a descarbonização industrial no ano de 2023. Ambas as ações indicam a crescente priorização dos EUA no financiamento de pesquisas, desenvolvimento e demonstração para a transformação da descarbonização industrial. 

Reconhecendo também os processos do modelo de governanças climáticas brasileiros, o país possui alta visibilidade pública quanto ao que concerne às mudanças climáticas e um formato político industrial que vem resultando no crescimento do mercado de energia solar e eólica. O Brasil possui desde o ano de 2009 uma política nacional sobre mudanças climáticas, que se define com a implementação de ministérios que trazem planos de ação e financiamento de projetos para cumprir as metas climáticas e contabilizar as emissões GEE. 

Em 2022, o Brasil comunicou, através de sua Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC), as atualizações do Pacto Climático de Glasgow, adotado pelas Partes da Convenção das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (UNFCCC) e seu Acordo de Paris durante a 26ª Conferência da Partidos. O país reafirmou o compromisso com a redução das emissões de gases de efeito estufa em até 37% até o ano de 2025 – em relação ao ano de 2005. O Brasil também se comprometeu a reduzir as emissões em 2030 em 50% – também em relação a 2005. 

O Brasil tem objetivos a longo prazo, com metas para neutralizar as mudanças climáticas até o ano de 2050 e implementar ações de mitigação e adaptação em todos os setores econômicos:

 

– Desmatamento ilegal zero até 2030;

– restauração de 15 milhões de hectares de pastagens degradadas até 2030;

– 45% de fontes renováveis na matriz energética até 2030; 

– 23% de fontes renováveis no fornecimento de energia até 2030;

– 18% de biocombustíveis sustentáveis na matriz energética até 2030;

 

Com os objetivos e avanços em andamento, nações em todo o mundo seguem processos para enfrentar as mudanças climáticas e tornarem-se emissores zero de dióxido de carbono (CO₂) até o ano de 2050. As metas seguem para o modelo de Carbon Negative (carbono negativo): processos de ação que visam remover ou sequestrar da atmosfera mais CO₂ do que é emitido. Esses processos são formas de descarbonização completa e exige que países, empresas e setores de produção removam mais CO₂ do que depositam na atmosfera.

As transições globais para meios renováveis e mudanças completas para a diminuição das emissões GEE exigem um completo portfólio de medidas e tecnologias e, para as nações mundiais alcançarem o processo de Carbon Negative, será necessário que além do corte nas emissões GEE, ocorra também o desenvolvimento e implantação de tecnologias que possam mudar o caminho de produção de diversos setores para meios renováveis e com objetivos para uma economia verde.

Sugestões de posts e artigos devem ser enviadas para publishing@climatepositiveoutlook.info e serão avaliadas pela editoria de conteúdo.

Este conteúdo foi criado originalmente em português.

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