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Para un estado de ánimo positivo

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La producción mundial de combustibles fósiles supera los objetivos climáticos, advierte un informe de la ONU

Em um alerta preocupante, o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) divulgou o Relatório de Lacunas para a Produção 2023, revelando que os planos de produção de combustíveis fósseis dos governos globais para 2030 excedem em 110% as metas estabelecidas pelo Acordo de Paris. O acordo busca limitar o aquecimento global a 1,5ºC em relação aos níveis pré-industriais, mas as projeções atuais colocam em risco a consecução mesmo da meta de 2ºC.

De acordo com o relatório, a produção planejada de carvão até 2030 e a produção de óleo e gás até, pelo menos, 2050 estão em desacordo com os compromissos climáticos estabelecidos e as necessidades ambientais. A diretora-executiva do Pnuma, Inger Andersen, destacou que tais planos comprometem a transição energética necessária para atingir a meta de zero emissão líquida de gases de efeito estufa, além de criar riscos econômicos significativos.

O relatório também avaliou as metas climáticas dos 20 maiores produtores de combustíveis fósseis, revelando que, embora 17 deles tenham se comprometido com emissão líquida zero, nenhum possui metas compatíveis com o objetivo de 1,5ºC. A lista inclui países como China, Estados Unidos, Brasil e Rússia, responsáveis por 82% da produção e 73% do consumo global desses combustíveis.

Em meio aos apelos pela eliminação progressiva de carvão, petróleo e gás, o relatório destaca a urgência de agir diante da emergência climática. Propõe a eliminação da produção de carvão até 2040 e uma redução de pelo menos 75% na produção combinada de óleo e gás até 2050, comparado aos níveis de 2020. O texto enfatiza que países com maior capacidade de transição energética devem liderar metas mais ambiciosas, auxiliando na transição de nações com recursos limitados.

O relatório também menciona que 2023 registrou eventos climáticos extremos, evidenciando a gravidade das mudanças climáticas. O mês de julho foi o mais quente já registrado, com ondas de calor, secas, incêndios florestais e enchentes afetando milhões de pessoas. Contudo, as emissões globais de CO2, principalmente provenientes de combustíveis fósseis, atingiram níveis recordes entre 2021 e 2022.

Apesar das preocupações, o relatório destaca que 34 países, incluindo grandes produtores como Alemanha, Canadá, China e Indonésia, comprometeram-se a encerrar o financiamento público para combustíveis fósseis não abatidos, redirecionando investimentos para energias limpas. No entanto, persistem dúvidas sobre a definição de “não abatidos”, colocando em questão a eficácia da medida.

O documento ressalta a necessidade de a COP28, a próxima Conferência do Clima da ONU, marcar um compromisso global para a eliminação gradual dos combustíveis fósseis, reconhecendo o papel crucial dos países produtores na transição planejada e equitativa para enfrentar a crise climática.

 

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