Líderes das 20 maiores economias do mundo, conhecidos como o G-20, estão se comprometendo a triplicar a capacidade de energia renovável até 2030, em uma tentativa de impulsionar a transição global para fontes de energia mais limpas. Este movimento vem após desacordos anteriores entre Rússia e Arábia Saudita terem interrompido negociações semelhantes.
La XVIII Cumbre de Jefes de Estado y de Gobierno del G20, que ocorerá dias 9 e 10 de setembro em Nova Délhi, Índia, será o culminar de todos os processos e reuniões do G20 realizados ao longo do ano entre ministros, altos funcionários e sociedades civis. Uma Declaração dos Líderes do G20 será adotada na conclusão da Cúpula de Nova Délhi, declarando o compromisso dos Líderes com as prioridades discutidas e acordadas durante as respectivas reuniões ministeriais e do grupo de trabalho.
As nações do G-20 concordaram em “prosseguir e encorajar” esforços para aumentar a produção de energia limpa, segundo fontes familiarizadas com as negociações. Além disso, o bloco está se concentrando em promover tecnologias de redução de carbono, como a captura de carbono, que tem o potencial de diminuir as emissões provenientes do uso de combustíveis fósseis, como gás, carvão e petróleo.
Este desenvolvimento marca um novo impulso na luta contra as mudanças climáticas, que havia enfrentado obstáculos devido a preocupações sobre a segurança no fornecimento de energia e custos associados à transição energética. Também é visto como um apoio significativo ao anfitrião do G-20, o primeiro-ministro indiano Narendra Modi, antes da cúpula do G-20 em Nova Deli, bem como aos Emirados Árabes Unidos, que estão organizando a próxima conferência climática COP28.
Os detalhes completos do acordo ainda não foram tornados públicos, mas esse compromisso sinaliza uma mudança na direção de uma economia de energia mais sustentável em todo o mundo. A tecnologia de captura de carbono, em particular, desempenhará um papel crucial nessa transição, pois visa reduzir as emissões de dióxido de carbono liberadas durante a queima de combustíveis fósseis.
Embora a tecnologia de captura de carbono tenha sido criticada por alguns como uma maneira de permitir que empresas de combustíveis fósseis continuem a operar, ela é vista como uma ferramenta importante para reduzir o impacto das mudanças climáticas. No entanto, atualmente, apenas cerca de 0,1% das emissões globais são capturadas anualmente por meio dessa tecnologia.
O aumento da capacidade de energia renovável é essencial para atingir as metas climáticas, uma vez que a produção de energia é responsável por cerca de um terço das emissões globais. Apesar do crescimento das energias solar e eólica em várias partes do mundo, a dependência contínua do carvão e do gás para a geração de eletricidade permanece um desafio significativo. Em 2022, o consumo de carvão atingiu um recorde e deve permanecer em níveis semelhantes este ano, de acordo com a Agência Internacional de Energia.
Participação Brasileira no G20 Marcará um Compromisso com a Igualdade Global
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva irá embarcar para Nova Deli, Índia, onde participará da Cúpula do G20. Durante o evento, o Brasil assumirá oficialmente a presidência rotativa do grupo, marcando um momento histórico para o país.
A cúpula, que ocorrerá nos dias 9 e 10 de setembro, abordará uma série de temas cruciais, incluindo desenvolvimento verde sustentável, meio ambiente e clima, transições energéticas e emissão zero líquida de carbono. Além disso, questões como crescimento inclusivo, cumprimento das metas dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), saúde, educação, infraestrutura, transformações tecnológicas, reformas multilaterais e o futuro do trabalho e emprego também estarão em destaque.
Durante a cúpula, o Presidente apresentará as prioridades e desafios da futura presidência brasileira e discutirá questões de igualdade global. Em um evento recente no Rio Grande do Norte, ele destacou seu desejo de abordar questões de desigualdade de gênero, racial, de saúde e de renda, demonstrando seu compromisso com a promoção da igualdade em nível global.
A transferência simbólica da presidência rotativa envolverá o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, e Lula, marcando o início de um novo capítulo na liderança do Brasil no G20. A presidência do G20 é uma oportunidade significativa para o Brasil influenciar as políticas globais e promover uma agenda de igualdade e desenvolvimento sustentável.
