Os incêndios florestais no Canadá atingiram proporções alarmantes, com a temporada de queimadas ainda no começo, deixando especialistas preocupados com o cenário. A situação se agravou tanto que a fumaça resultante dos incêndios já chegou à Europa, aumentando a preocupação global em relação à crise climática.
A situação dos incêndios florestais também atingiu níveis críticos na Grécia, onde várias regiões enfrentam chamas devastadoras. O primeiro-ministro grego, em uma declaração, comparou a gravidade das queimadas à guerra, ressaltando a urgência de ações concretas para enfrentar a crise climática.
A extensão dos incêndios no Canadá, por exemplo, é tão grande que a densa fumaça gerada chegou à Europa, afetando principalmente países do norte do continente. Cidades como Londres, Paris e Berlim registraram uma significativa piora na qualidade do ar devido à presença de partículas e gases nocivos advindos das queimadas canadenses.
Na Grécia, milhares de hectares de florestas e áreas naturais já foram consumidos pelas chamas em diferentes partes do país. Um dos casos mais dramáticos aconteceu em uma única ilha, onde cerca de 19 mil pessoas foram evacuadas para garantir sua segurança diante da rápida propagação dos incêndios.
Diante desse cenário, as mudanças climáticas não são um fenômeno novo. A Terra já passou por inúmeros períodos de aquecimento. Há cerca de 92 milhões de anos, por exemplo, as temperaturas eram tão altas que os polos norte e sul não possuíam coberturas de gelo, e animais semelhantes aos crocodilos viviam na região ártica do Canadá.
A incidência de incêndios florestais no Canadá e na Grécia são apenas alguns exemplos do cenário global em relação às mudanças climáticas e seus impactos. O aumento das temperaturas, as ondas de calor extremo e a diminuição das chuvas têm criado condições favoráveis para a propagação rápida do fogo em diversas partes do mundo.
Além disso, o número de desastres relacionados ao clima aumentou dramaticamente nos últimos 50 anos: eventos climáticos extremos, como furacões, secas, inundações e incêndios florestais, são frequentes e intensos, causando enormes prejuízos econômicos e perdas humanas.
A análise dos registros climáticos ao longo de milhares de anos revela uma notável estabilidade na concentração de dióxido de carbono (CO2) na atmosfera. Por aproximadamente 800 mil anos, os níveis de CO2 permaneceram abaixo de 300 partes por milhão – ppm. No entanto, desde o início da Revolução Industrial, esse cenário mudou drasticamente, e os níveis de CO2 dispararam para níveis sem precedentes, atingindo atualmente 420 ppm.
Historicamente, a Revolução Industrial trouxe consigo um aumento significativo das atividades industriais, uso de combustíveis fósseis e desmatamento, que resultaram em grandes quantidades de gases de efeito estufa sendo lançados na atmosfera. Esses gases, especialmente o CO2, criam uma “cobertura” ao redor do planeta, retendo o calor do sol e contribuindo para o aquecimento global.
Ante o exposto, o relatório chave da ONU, publicado em 2021, declarou de forma inequívoca: “É indiscutível que a influência humana aqueceu a atmosfera, os oceanos e a terra”; e com base nessas evidências incontestáveis, a importância de tomar medidas urgentes para reduzir as emissões de gases de efeito estufa e mitigar os impactos das mudanças climáticas se torna mais crucial do que nunca. Consequentemente, a conscientização e a ação coletiva são fundamentais para garantir um futuro sustentável para as gerações futuras e para o equilíbrio do planeta.