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Para un estado de ánimo positivo

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Se espera que el acceso a la electricidad en todo el mundo mejore para 2023, pero persisten los desafíos

Em 2022, o mundo enfrentou um retrocesso alarmante no acesso à eletricidade, com cerca de 6 milhões de pessoas adicionais sem energia, de acordo com dados da Agência Internacional de Energia (AIE). No entanto, os dados e análises mais recentes sugerem que estamos no caminho certo para reverter essa tendência em 2023. Prevê-se que o número global de pessoas sem acesso à eletricidade diminua para 745 milhões até o final deste ano. Na África Subsaariana, a situação está começando a se estabilizar após três anos consecutivos de aumento no número de pessoas sem acesso. Enquanto isso, as economias em desenvolvimento da Ásia também estão avançando, embora a um ritmo mais lento do que antes de 2019.

Uma análise mais profunda da situação revela que, embora preocupante, o retrocesso de 2022 poderia ter sido ainda pior. Alguns governos asiáticos e africanos implementaram medidas para tornar a eletricidade mais acessível, fortalecendo os esforços para conectar famílias por meio de redes elétricas convencionais e soluções fora da rede. No entanto, a África enfrentou desafios significativos devido ao aumento da dívida nas empresas elétricas nacionais, o que restringiu os recursos disponíveis para expandir o acesso.

Em 2022, muitas empresas de serviços públicos na África assumiram o ônus de manter a energia acessível, contribuindo para altos níveis de endividamento. Isso, juntamente com perturbações na cadeia de abastecimento, afetou a implementação de projetos de expansão da rede elétrica. Como resultado, o número de pessoas no continente que obtiveram acesso à eletricidade por meio de redes ou mini-redes caiu até 50% no ano passado. Esse retrocesso foi observado em quase 80% dos países da África Subsaariana.

No entanto, esse declínio foi compensado em parte pelo crescimento nas vendas de sistemas solares domésticos, que fornecem eletricidade a residências não conectadas à rede elétrica. As vendas desses sistemas superaram os níveis pré-pandemia no ano passado, com um forte crescimento nas regiões da África Ocidental e Oriental. Isso contribuiu para a diminuição da população sem acesso à eletricidade na Nigéria durante a crise.

Na Ásia em desenvolvimento, desafios climáticos, como as inundações catastróficas no Paquistão, impactaram o progresso em 2022. No entanto, programas de eletrificação de longa data e a situação financeira relativamente resiliente das empresas de energia na região ajudaram a mitigar o impacto. O Bangladesh alcançou quase universalidade no acesso à eletricidade, graças a esforços de eletrificação iniciados há mais de duas décadas, que incluíram apoio financeiro para soluções solares fora da rede e expansão da rede elétrica. O acesso à eletricidade também continuou a melhorar no Camboja e nas Filipinas durante a crise energética.

Apesar desses avanços, é importante destacar que o ritmo atual de acesso à eletricidade ainda está aquém das metas estabelecidas pelo Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 7 (ODS7) das Nações Unidas, que busca fornecer acesso a energia acessível, confiável e moderna para todos até 2030. Para atingir essa meta, mais de 120 milhões de pessoas precisam obter acesso a cada ano até 2030. Em 2023, esse número deverá ser inferior a 30 milhões.

Para acelerar o progresso necessário, é crucial que os governos implementem políticas eficazes rapidamente, e a comunidade internacional deve trabalhar em conjunto para liberar financiamento para soluções comprovadas. Garantir que todos tenham acesso à eletricidade é essencial não apenas para melhorar a qualidade de vida das pessoas, mas também para impulsionar o desenvolvimento sustentável global.

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