Nos últimos anos, a região europeia tem trilhado um caminho firme em direção à sustentabilidade financeira. Uma série de medidas estratégicas foi implementada, focando na padronização do mercado regional, facilitação de crédito, concessão de incentivos fiscais e uma atenção meticulosa aos aspectos ambientais, sociais e de governança (ESG). Essas iniciativas, respaldadas por entidades como a Comissão Europeia (EC) e o Banco Central Europeu (BCE) em colaboração com DAN e TIRON-TUDOR, têm como epicentro a redução ambiciosa de até 55% das emissões de gases de efeito estufa (GEE) até o ano de 2030. Essa meta foi estabelecida pelo Comitê Executivo de Coordenação das Nações Unidas para Mudanças Climáticas (CECUE) e ratificada pela Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (UNFCCC).
Do outro lado do Atlântico, na América do Norte, os Estados Unidos têm se destacado por seu compromisso vigoroso com a redução das emissões de GEE. O país almeja alcançar uma diminuição significativa de 50-52% até o ano de 2030, conforme estabelecido pela Iniciativa de Bônus Climáticos (CBI), Share America e corroborado pela UNFCCC. O governo americano tem adotado uma abordagem proativa, implementando uma série de incentivos fiscais tanto para emissores quanto investidores. O objetivo é fomentar a participação do setor privado e ampliar o número de investidores engajados no mercado verde. Emissores são contemplados com descontos diretos em dinheiro, subsidiando os pagamentos líquidos de juros. Já os investidores desfrutam de créditos fiscais e, notavelmente, estão isentos do pagamento de impostos sobre os juros provenientes de seus green bonds – instrumento financeiro de renda fixa usado para financiar projetos que tenham benefícios ambientais e/ou climáticos positivos.
Essas ações refletem um compromisso global palpável para enfrentar as mudanças climáticas de maneira proativa e para promover práticas financeiras mais sustentáveis. Tanto na Europa quanto na América do Norte, as iniciativas visam cumprir as metas estabelecidas e estimular uma transformação positiva em direção a uma economia mais verde e resiliente. O foco incisivo em aspectos ESG e a implementação de incentivos fiscais demonstram uma abordagem holística e colaborativa na busca por soluções efetivas para os desafios climáticos globais.
Essa trajetória exemplar evidencia a responsabilidade coletiva, apontando para um futuro financeiro global sustentável e responsável para as gerações futuras.
